sábado, 1 de setembro de 2012

Sete policiais são presos acusados de extorsão, tortura e formação de quadrilha no Cabo

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Uma ação integrada das Polícias Civil e Militar prendeu sete policiais, sendo dois civis e cinco militares, acusados dos crimes de tortura, formação de quadrilha e extorsão no Cabo de Santo Agostinho. Os servidores foram detidos na manhã desta sexta-feira (31), após a justiça expedir os mandados de prisão preventiva contra os suspeitos. As investigações começaram na quinta-feira (23), quando um homem de 35 anos denunciou o grupo. A vítima teria sido confundida com um traficante da área e passou a ser torturada e extorquida.
Após denunciar os policiais suspeitos de corrupção, investigadores das Delegacias do Cabo de Santo Agostinho e Ponte dos Carvalhos, com apoio da Polícia Militar, conseguiram prender no mesmo dia da denúncia, um comparsa do grupo que receberia o dinheiro da vítima da extorsão. Os policiais exigiam o valor de R$ 5 mil para devolver a moto que haviam roubado do homem. Osmar Vitor de Barros, de 35 anos, que seria informante dos suspeitos, foi detido numa operação comandada pelos delegados Antonio Resende e Ana Amélia Coelho, responsáveis pelas investigações.
Durante toda a semana, os delegados colheram os depoimentos e outros indícios que comprovaram a participação dos sete policiais no crime. Nesta sexta-feira a justiça expediu as medidas cautelares contra os envolvidos na acusação.
Os policiais civis Leandro de Melo Goulart Leicht, de 33 anos e Marco Antonio Virães de Goes Cavalcanti Júnior, de 40, foram detidos na sede operacional da Polícia Civil, onde faziam serviços administrativos. Eles estavam lotados na Delegacia Seccional do Cabo. Já os soldados do 18º Batalhão da Polícia Militar Edmilson Araújo de Lucena, de 27 anos; Tiago Felismino da Silva, de 28 e Ailton Luis de Brito, acabaram presos na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. Além deles, também foram presos os soldados Maviael Dionísio da Silva e Leandro Silva Cardoso, trabalhavam na 2ª Seção do batalhão.
Em paralelo ao inquérito policial, foi aberto um procedimento administrativo disciplinar na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social contra os policiais. Ao final do processo, se comprovada a denúncia, os sete servidores podem ser demitidos das respectivas corporações

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